Câncer de testículo é o mais comum no mundo entre os homens de 20 a 29 anos

Em alusão ao mês de conscientização sobre câncer de testículo – Abril Lilás – o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) alerta para a conscientização sobre esse câncer que acomete, principalmente, homens mais jovens. Em 2022, foram 17,2 mil novos casos da doença no mundo, em homens entre 20 e 29 anos, sendo o câncer mais comum entre os homens nessa faixa etária. A projeção para 2035 é de 19,3 mil. Os dados são da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da OMS (IARC)

No “Abril Lilás”, campanha que marca o mês de conscientização sobre o câncer de testículo, o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) alerta para pontos importantes relativos a esse tipo de câncer. O primeiro deles é que apesar de ser considerado raro no contexto geral das doenças oncológicas exclusivas do homem (entre 1% e 5% dos tumores) é o tipo de câncer mais comum no mundo entre homens jovens, até a terceira década de vida. De acordo com dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS) foram 17,2 mil novos casos no mundo em 2022, em homens entre 20 e 29 anos. O Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o câncer de testículo foi responsável por mais de 3,7 mil mortes no Brasil entre 2012 e 2021, das quais 60% entre homens de 20 a 39 anos.

“Os dados são preocupantes, principalmente, considerando que estamos falando de uma doença que tem de 90% a 95% chances de cura ao ser diagnosticada e tratada no início”, afirma o cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do IUCR e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Segundo o especialista, no Brasil, o diagnóstico precoce é justamente o maior desafio, porque é comum o homem associar qualquer alteração no testículo com alguma doença venérea ou trauma recente e demorar para procurar o médico.

O tratamento do câncer de testículo é definido de acordo com cada paciente. A cirurgia, chamada de orquiectomia, é feita para remover o testículo com uma incisão na virilha. Nesse momento, amostras de tecido são examinadas para determinar o tipo e o estágio do câncer. Os tumores de testículo do tipo seminoma (o mais comum) são tratados com cirurgia, muitas vezes, associada com radioterapia ou quimioterapia a depender do estadiamento (fase de descoberta da doença). Em relação a sequelas da cirurgia pode haver prejuízo da fertilidade. Segundo o médico, danos a função sexual são raros e para a questão estética, no caso de remoção do testículo, há próteses.

FATORES DE RISCO

Idade: a maioria dos casos ocorre dos 20 aos 29 anos, sendo o mais comum no mundo entre os homens nessa faixa etária.
Raça: Os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolver câncer testicular do que os homens de outras raças.
Herança genética – Quando há história familiar de câncer de testículo, o risco é aumentado.
Criptorquidia – Condição na qual o testículo não desceu para o escroto é importante fator de risco. Homens que fizeram cirurgia para corrigir esta condição também têm risco de desenvolver câncer testicular.
Síndrome de Klinefelter: risco aumentado também para quem apresenta esse transtorno cromossômico sexual, que é caracterizado por baixos níveis de hormônios masculinos, esterilidade, aumento dos seios e testículos pequenos.
Vírus da imunodeficiência humana (HIV) e tratamento anterior para câncer testicular também são fatores de risco e requerem maior atenção.

SINTOMAS

– Nódulo pequeno, duro e indolor
– Mudança na consistência dos testículos
– Sensação de peso no saco escrotal
– Dor incômoda no baixo ventre ou na virilha
– Dor ou desconforto no testículo ou no saco escrotal
– Crescimento da mama ou perda do desejo sexual
– Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens
– Dor lombar

SOBRE O IUCR – O Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR, criado em 2013, é especializado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente com câncer. A equipe médica é formada por profissionais altamente especializados em uro-oncologia, cirurgia oncológica e oncologia clínica, sob a liderança do cirurgião oncológico Dr. Gustavo Guimarães, que possui mais de 20 anos de atuação e dedicação à assistência do paciente, ao ensino e à pesquisa científica nessa área. Guimarães desenvolveu ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, tendo desenvolvido um consistente Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes. 

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