Federação Mundial de Hemofilia visita complexo industrial da Hemobrás

Representantes da Federação Mundial de Hemofilia (WFH, sigla em inglês) estiveram no Brasil na última semana para uma série de agendas, entre elas a visita às instalações da nova fábrica de medicamentos recombinantes, parte do complexo fabril da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), localizado em Goiana, Pernambuco. Na ocasião, além da visita, debateram o tratamento oferecido aos pacientes desta condição genética rara que afeta a coagulação do sangue. Prestes a ser inaugurada, a fábrica será um marco para a produção nacional do Hemo-8r, para a autonomia nacional em pesquisa e produção de outros biotecnológicos. Também participaram do encontro integrantes da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), da Associação Pernambucana de Pessoas com Hemofilia (Aphemo) e da Sociedade de Hemofílicos da Paraíba. O grupo foi recebido pelo presidente da Empresa, Antônio Edson de Lucena, que fez questão de externar a satisfação por interagir com um grupo legitimado para um diálogo aprofundado em torno do tema.

A comitiva ouviu e foi ouvida sobre o modelo adotado para pessoas com hemofilia no Brasil, a produção e o abastecimento do mercado nacional, os avanços da Hemobrás e as perspectivas para os próximos anos. Hoje, existem cerca de 13 mil pessoas com hemofilia no país. São cidadãos que dependem de medicamentos para terem uma vida ativa e produtiva e que contam com o recombinante como uma profilaxia eficaz na melhoria da qualidade de vida deles.

“Foi um encontro de grande valor para nós porque essas pessoas representam o nosso usuário final em todas as suas instâncias. Simbolizam a necessidade de quem usa o medicamento produzido aqui”, disse Antônio Edson. “É um orgulho ouvir da federação mundial que o modelo de tratamento do Brasil deve ser apresentado para outros países e haverá um estímulo para que seja replicado internacionalmente”, completou, destacando a boa relação e a franqueza com que os temas foram abordados e esclarecidos. Salomé Mekhuzlar, diretora de Desenvolvimento Global da WFH, falou sobre a impressão que teve do progresso da fábrica e enalteceu a parceria que a Federação Mundial de Hemofilia mantém com o Brasil, dialogando e buscando o conforto e a melhoria da rotina diária dos pacientes.

A visita foi guiada por técnicos da Hemobrás. Uma das mais empolgadas era a presidente da FBH, Tânia Pietrobelli, que luta a favor da causa há mais de 40 anos e já havia visitado a Hemobrás em outras duas oportunidades: “Quando eu cheguei e entrei no bloco do recombinante, fiquei impactada realmente. Pensei ‘isso é primeiro mundo’”.

O presidente da Hemobrás destacou a importância da aproximação promovida pelo encontro, lembrando que ela simboliza um estreitamento de laços com as pessoas que representam o usuário. Uma oportunidade de diálogo que deve, segundo ele, ajudar nas diretrizes futuras da Hemobrás.

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