Queda da taxa básica de juros favorece a incorporação de renda

Especialista afirma que investir em ativos patrimoniais é uma boa opção para quem quer ampliar a receita com segurança, neste momento em que a Selic está em ritmo de queda

Com uma taxa básica de juros a 12,25% ao ano, chegou-se ao menor nível desde maio de 2022, quando a Selic esteve a 11,75%. Diante das declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ritmo de cortes consecutivos da taxa Selic, é possível realmente esperar não apenas mais um corte de 0,50 ponto percentual, que deve acontecer na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mas também a continuidade da queda dos juros no ano que vem. Para 2024, a projeção é de uma taxa de juros de 9% ao ano, de acordo com dados do Boletim Focus.

O movimento confirma a previsão de diversos especialistas e o cenário convida investidores a reavaliar as melhores alternativas do mercado, já que a Selic é um indicador-chave que influencia a economia como um todo e a sua queda reduz a rentabilidade de investimentos de renda fixa de pós-fixados, como CDBs e poupança. Nesse contexto, alguns modelos se tornam ainda mais atrativos e um exemplo são os do mercado imobiliário. Dentro desse setor, uma nova possibilidade são os ativos imobiliários, com foco em renda por meio de cotas. O negócio se apresenta como uma oportunidade para quem procura diversificar sua carteira de investimentos, para quem busca expandir a receita com segurança em lastro imobiliário e/ou famílias com focos sucessórios na geração de renda para as próximas gerações.

Segundo o sócio diretor da BP Real Estate Pro Marcos Blanche, a escolha de cada tipo de investimento depende dos objetivos e da estratégia, mas a influência de alguns fatores atuais não pode ser ignorada. Ele explica que a taxa de juros mais baixa aumenta a atratividade do investimento no mercado imobiliário de forma geral, mas que, ao optar por um desenvolvedor de renda, que comercializa ativos patrimoniais, o investidor conta com mais benefícios, já que o negócio envolve a receita, além da valorização do imóvel e de todo o entorno. “Vale considerar também que vivemos em um país com cultura patrimonialista, no qual, historicamente, o valor dos imóveis valoriza mais do que a inflação, um mercado que sempre se fortalece”, pontua ele.

Oportunidade de ganhos

Uma incorporadora de renda é uma empresa especializada no desenvolvimento de projetos imobiliários com o objetivo de gerar receita através do recebimento de aluguéis e posterior venda desses ativos. “Diferentemente de uma incorporadora tradicional, que foca principalmente na geração de lucros por meio da venda das unidades imobiliárias, esse tipo de negócio também se envolve na venda de ativos patrimoniais”, esclarece Blanche. Ele acrescenta que pode ser uma estratégia para aumentar o faturamento, reciclar o portfólio ou realocar capital para novos desenvolvimentos.

O modelo de negócio desenvolve e adquire propriedades, como prédios comerciais, residenciais, shoppings, dentre outros, e as gerencia para gerar renda. “Assim é possível oferecer uma mistura de renda estável, por meio dos aluguéis – o que soluciona a questão da liquidez -, e potencial de ganhos de capital com a venda de propriedades. É uma abordagem mais dinâmica na gestão de ativos imobiliários, permitindo que a empresa se adapte às mudanças do mercado e capitalize em oportunidades de venda”, avalia.

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