Conheça o bicentenário laboratório farmacêutico do Exército

porAna Claudia Nagao

Conheça o bicentenário laboratório farmacêutico do Exército
Foto: Ministério da Defesa

Com 215 anos de história, o laboratório farmacêutico do Exército foi, durante décadas, o mais importante centro irradiador de cultura e de pesquisa de medicamentos. Sua rica trajetória remonta aos tempos do Brasil colonial.

Criado por meio de um decreto de D. João VI em 21 de maio de 1808, a Botica Real Militar foi a célula-mãe do atual Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEX). Com o passar dos anos, o LQFEX transferiu sua sede do Hospital Militar e da Marinha, no Morro do Castelo, para a Rua Evaristo da Veiga, no centro do Rio de Janeiro.

Nessa época o laboratório era dirigido pelo alferes farmacêutico Augusto César Diogo, que reestruturou o local como verdadeiro órgão industrial e ampliou a linha de produção de medicamentos. Foi considerado, naquele momento, o grande avanço tecnológico da incipiente indústria farmacêutica nacional.

Laboratório farmacêutico do Exército atuou em missões no Exterior

O laboratório farmacêutico teve ainda notável participação com o suprimento de medicamentos e materiais de uso hospitalar em missões no Exterior, incluindo a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), 1ª e 2ª Guerras Mundiais e as Forças de Paz da ONU e OEA em localidades como Angola, Moçambique e Timor Leste.

PDP com indústria farmacêutica

Atualmente, o LQFEx encontra-se diante de um dos mais importantes desafios de toda sua trajetória, que trata da finalização do processo de transferência de tecnologia do micofenolato de sódio. O medicamento imunossupressor é empregado na farmacoterapia de pacientes que passaram por transplantes de coração, fígado e rim.

Desde 2012, o laboratório tem sido atuante em uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com EMS e Nortec.

Expoentes do segmento farmacêutico

Em seus quadros já passaram profissionais como o Major Farmacêutico José Benevenuto Lima, autor de obras como o Memorandum de Pharmacologia e Therapêutica, adotado pelo serviço de saúde do Exército; e o Tenente Farmacêutico Rodolpho Albino Dias da Silva, autor da 1ª Farmacopeia Brasileira.

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