Saiba como evitar golpes no empréstimo consignado

Especialista explica arquitetura de golpes e indica cuidados que os clientes devem ter para evitá-los

Com o assunto do empréstimo consignado nos holofotes nas últimas semanas, é inevitável não destacar os golpes mais comuns relacionados ao empréstimo, que são aplicados, diariamente, em beneficiários do INSS.

De acordo com a especialista do Banco Mercantil do Brasil, Luana Costa, as contratações indevidas de crédito consignado estão cada vez mais recorrentes. As vítimas são, em sua maioria, clientes acima de 60 anos, que só descobrem os empréstimos realizados quando recebem o salário da aposentadoria ou pensão com os valores descontados.

A especialista destaca que é preciso redobrar a atenção e adotar medidas preventivas  para não ser alvo da ação dos criminosos. “Nunca guarde a senha junto com o seu cartão e jamais compartilhe, informe ou digite dados pessoais por telefone.  Sempre verifique se você está falando com uma empresa e fique atento aos links recebidos, pois eles podem ser sites falsos ou vírus”, cita.

Luana também orienta a desconfiar de “funcionários de bancos que ligam ou visitam a casa do cliente”. “No Banco Mercantil, por exemplo, os funcionários NUNCA ligam para a casa do cliente pedindo senhas e informações. Também não entram em contato solicitando instalação de aplicativos e, em hipótese nenhuma, enviam motoboys para recolher cartões nas residências. ​Os funcionários do banco nunca abordam o cliente do lado de fora, na rua”, esclarece.

Ela ainda recomenda alerta máximo nas seguintes situações: “Não façam transferências para empresas e para pessoas físicas desconhecidas. Nenhuma instituição solicita transferência de dinheiro para liberação e cancelamento de empréstimo”, diz. Além disso, empréstimos com taxas muito baixas, sem avalista ou para pessoas com nome negativado, devem ser muito bem avaliados. Se tiver alguma dúvida ou, caso se sinta inseguro, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (No Mercantil, o número é 0800 70 70 398), para ser esclarecido”, acrescenta.

A especialista explica que os golpes são arquitetados com base em técnicas de engenharia social. “Os criminosos entram em contato com o cliente se passando pela instituição financeira com objetivo de ganhar a confiança dele. A partir de então, conseguem os dados para aplicação das fraudes”, explica.

Para combater essas fraudes, os bancos estão intensificando os investimentos em segurança digital. O Mercantil, por exemplo, investe, por ano, milhões de reais nessa área. Campanhas informativas para alertar os clientes também estão sendo intensificadas.

Confira abaixo quais e como funcionam os golpes mais aplicados atualmente, em relação ao crédito consignado:

1) Golpe do cancelamento: o golpista, a partir de uma engenharia social, consegue os dados e documentos do cliente e realiza um empréstimo no nome dele. Quando o dinheiro cai na conta do cliente, o golpista entra em contato, alegando que o crédito foi um engano, pedindo para o cliente realizar um PIX de devolução do valor. Só posteriormente, a vítima percebe que caiu em um golpe.

2) Golpe do empréstimo com depósito antecipado: estelionatários ligam para o cliente se passando por funcionário da instituição financeira, oferecendo empréstimos com ótimas condições. Alegam que, para a liberação do valor, é necessário que o cliente faça uma transferência/pagamento de uma suposta taxa.

3) Golpe do cartão de desconto: o golpista consegue os dados do cliente e faz uma ligação oferecendo um cartão, que supostamente dá direito a desconto em farmácias. Marca um dia e horário para ir até o endereço do cliente confirmar dados e entregar o cartão. Porém, essa confirmação de dados, na verdade, é o preenchimento de uma ficha para contratação de empréstimo.

4) Golpe do empréstimo quitado: criminosos ligam para um cliente que possui um empréstimo consignado e oferece um valor abaixo do saldo devedor, para o cliente quitar a dívida.

5) Golpe da falsa central: o golpista entra em contato com o cliente por telefone ou rede social, se passando pela instituição financeira. Solicitam dados pessoais, instalação de aplicativos ou realização de chamadas de vídeo.

6) Golpe do investimento do PIX: os golpistas, através de redes sociais normalmente invadidas, fazem propostas de investimento atraentes, como: a pessoa supostamente investiria R$1.000 e receberia R$2.000  três minutos depois.

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