Chuvas favoreceram o desenvolvimento do milho segunda safra, mas causaram atrasos na soja

Segundo o monitoramento dos cultivos de verão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 1º a 21 de março, período que se destaca pela transição do verão para o outono, os maiores acumulados de chuva registrados no Centro-Norte do país e em parte da região Nordeste favoreceram o desenvolvimento do milho segunda safra, mas causaram atrasos na sua semeadura, além da colheita e das operações de logística da soja.

Os menores volumes de chuva ocorreram em áreas do Centro-Sul da Bahia e Norte de Minas Gerais, prejudicando lavouras de primeira safra em fases reprodutivas. No Rio Grande do Sul, os índices de umidade no solo permaneceram baixos na maioria das áreas ao longo de todo o período, mantendo a condição de restrição hídrica principalmente nas lavouras de arroz, milho e soja em fase reprodutiva.

Estas são análises presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola de março publicado pela Conab. O estudo avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir de dados de clima, fenologia e sensoriamento remoto para analisar a condição do desenvolvimento das áreas cultivadas em diversas regiões produtoras.

Ainda de acordo com o boletim, os gráficos de evolução do Índice de Vegetação indicam condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra em todo o país, apesar do atraso na semeadura e no desenvolvimento em algumas áreas. Na região do Matopiba e em Santa Catarina, os dados espectrais confirmam as boas condições da soja, enquanto que, no Rio Grande do Sul, é percebido o impacto negativo da falta de chuvas no desenvolvimento das lavouras.

O boletim é resultado da colaboração entre Conab, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que disponibilizam dados pesquisados em campo.

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