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Cai a diferença da remuneração entre homens e mulheres no empreendedorismo

Levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da PNADC mostra que a disparidade entre os dois gêneros recuou de 31,4% para 26,7%, em 12 meses

O bom momento vivido pela economia no ano passado beneficiou o conjunto das empresas brasileiras, mas foi particularmente mais positivo para os negócios liderados por mulheres. Apesar do rendimento médio ter crescido em ambos os grupos, dados do Sebrae mostram que as empreendedoras tiveram um aumento maior (9,4%) que o registrado pelos homens (5,6%). Com isso a diferença entre os rendimentos dos dois gêneros caiu quase 5 pontos percentuais (redução de 31,4% para 26,7%) de 2022 para 2023.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2022, o rendimento médio real das mulheres empreendedoras era de R$ 2.453 e, entre os homens, esse valor ficava em R$ 3.225. Doze meses depois, a remuneração média real das mulheres foi de R$ 2.685 (um crescimento de 9,4%); já a dos empreendedores do sexo masculino ficou em R$ 3.404 (aumento de 5,6%).

Para o diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, a redução da diferença de rendimento entre homens e mulheres confirma a importância de o país continuar apoiando as políticas de inclusão e redução das desigualdades de gênero. “Diversos estudos do Sebrae já comprovaram a importância do empreendedorismo feminino no Brasil. Ao fortalecer as empresas lideradas por mulheres, nós não apenas contribuímos para gerar mais emprego e renda, mas estamos colaborando para emancipar mulheres”, comenta.

Pesquisas feitas pelo Sebrae no fim do ano passado apontaram para as dificuldades que as empreendedoras enfrentam, começando dentro de casa. De acordo com o levantamento, é mais frequente para os homens receberem apoio de clientes e fornecedores (43%). Já no grupo feminino, esse índice cai para 34%. O mesmo estudo mostra ainda que 42% das empreendedoras brasileiras já presenciaram situações de preconceito contra outra mulher dona de negócio e um quarto das empresárias já sofreu na própria pele atitudes discriminatórias.

A PNADC, do IBGE, revelou também que, no terceiro trimestre de 2023, entre as mulheres donas de negócio, a maioria foi chefe de domicílio, cerca de 53%. O levantamento mostrou ainda que as proporções de mulheres com ensino médio e ensino superior se mantiveram estáveis em torno de 41% e 29%, respectivamente, ao longo de 2023. A categoria com menor representatividade foi a de mulheres sem instrução, que oscila entre 1% e 9%.

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