porCesar Ferro
Desde 1999 no Brasil, os medicamentos genéricos ganham evidência no mercado farmacêutico da América Latina. Segundo o Outlook, organizado pela Close-Up International, esses remédios lideram em nove dos dez países analisados pela consultoria na região.
Em algumas localidades, como Argentina, Uruguai e Paraguai, a categoria domina as vendas com larga vantagem. Mas em países como Peru, Colômbia e Brasil, o mercado é mais competitivo.
No Brasil, os medicamentos genéricos são o carro-chefe em um mercado pulverizado. Com 39% das vendas, a categoria é seguida de perto pelos não-medicamentos, que abocanham 29% do total.
Para Tiago de Moraes Vicentte, presidente da PróGenéricos, o preço é um dos motores para esse desempenho. “Ele é pelo menos 35% menor em relação aos remédios de referência, por lei. Mas, em alguns casos, pode chegar a custar 80% menos”, aponta.
E essa economia não é benéfica apenas para o público final. “Isso proporciona economia ao SUS, um comprador dos nossos medicamentos. Há também um ganho indireto, pois quem tem acesso a mais medicamentos recorre menos à rede pública”, destaca Vicente.
Peru, Colômbia e Chile são outros países que veem um mercado mais pulverizado e com liderança menos folgada dos genéricos. Nos países em questão, os produtos de OTC dividem os holofotes, respectivamente com 29%, 32% e 24%.
Se os medicamentos genéricos são o carro-chefe na grande maioria dos países da América do Sul e no México, um país e uma região das Américas não consomem tanto esse item: o Equador e a América Central.
No caso equatoriano, como a legislação dificultou a criação desses fármacos por anos, a população ainda se mostra fiel aos medicamentos de referência, movimento que se repete na parte central do continente.
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