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Inovação permite operação do Tiplam em 726 horas sob risco de chuva em 2022

Radar meteorológico de alta precisão gera ganho de eficiência nas operações do terminal da VLI na Baixada Santista

Apesar de o ano passado ter sido mais chuvoso que 2021, a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – operou 726 horas, ao longo de todo o ano passado, sob a possibilidade de ocorrência de eventos climáticos, sem colocar em risco a qualidade das cargas embarcadas e desembarcadas no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), localizado na Baixada Santista, em São Paulo. Isso representa uma movimentação de 1,1 milhão de toneladas, além da redução significativa do tempo de parada dos navios diante do risco de chuvas, que se tornou possível após a implantação de um radar meteorológico de alta precisão que monitora a chuva em tempo real.

Trata-se da meteorologia portuária, um programa de inovação da companhia, que opera com base em uma plataforma tecnológica pioneira para nowcasting (previsão do tempo de curtíssimo prazo). Em relação a 2021, o ganho foi de 17 horas em operação, além de 9% de aumento no volume movimentado.

De acordo com o gerente de Transformação Digital para Portos e Terminais da VLI, Luciano Gonçalves Pereira, a partir da meteorologia portuária, implantada em 2020, a empresa faz um planejamento minucioso de parada das operações de carga e descarga de produtos nos navios. “Além da operação, a ferramenta agora está sendo utilizada pela equipe de Planejamento para traçar metas de volumes tanto diários quanto mensais. Assim, a tecnologia traz assertividade para as operações e torna a execução dos planejamentos mais factíveis”, destaca.

Por sua vez, quando as paradas dos navios são necessárias, aproveita-se o tempo para que sejam feitas manutenções preventivas nos equipamentos do porto. Conforme Luciano Pereira, além de diminuir o tempo de parada dos navios no porto, a meteorologia portuária garante um carregamento rápido e seguro, além de reduzir o risco de comprometimento da carga. “Antes desta inovação, tudo era feito a partir da percepção humana”.

A ferramenta 

Com um radar meteorológico compacto Banda X, instalado no Monte Serrat, a sete quilômetros do Tiplam, a VLI monitora a chuva em tempo real e faz uma projeção de onde essa precipitação estará em curtos espaços de tempo. Ou seja, em 10, 20 ou 30 minutos.

A plataforma conta ainda com detecção e projeção de chuva com base em dados do radar meteorológico; imagens de satélite para auxiliar nas análises climáticas e visualização de descargas elétricas; modelo matemático específico para a microrregião da Baixada Santista que gera previsões climáticas diárias com mais precisão; previsão de temperaturas para as próximas 72 horas; previsão da direção e velocidade dos ventos; e informações de altura de ondas de swell, que atrapalha a entrada e saída de navios no canal.

O Tiplam

O Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam) é um importante ativo da VLI e está localizado em Santos, região litorânea de São Paulo. O embarque de cargas realizado no terminal é o desfecho de uma cadeia logística de alta performance criada pela VLI no Corredor Centro-Sudeste da Ferrovia Centro-Atlântica, uma rota de alta relevância para o escoamento de granéis agrícolas. Os terminais integradores de Guará (açúcar) e Uberaba (grãos e açúcar) recebem e encaminham para o Tiplam, através da FCA, a safra de algumas das principais regiões produtoras do país, como Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Uma das vantagens do Tiplam é a sua operação de exportação ser realizada 100% pela ferrovia, proporcionando mais agilidade tanto na entrada quanto na saída do terminal.

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da prestação de serviços multimodais, que envolvem a integração de portos, ferrovias e terminais, gerando eficiência e valor para o negócio dos clientes e para a economia brasileira. A companhia engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Por três anos consecutivos presente no ranking 100 Open Corps – que reconhece o estímulo à inovação aberta –, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

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